Sem ela, não dá!
Na física, resiliência significa a capacidade que um material tem de voltar ao seu estado original após sofrer diferentes pressões, sejam elas a nível de choque, temperatura, tensões ou outros danos. E, infelizmente, tornou-se um conceito muito “da moda” onde quer que estejamos quando o assunto é persistência e perseverança. No entanto, é exatamente aqui que eu quero me ater com você. O que você entende sobre esse conceito quando aplicado aos negócios e à vida empreendedora?
O cenário brasileiro é um prato cheio para testar essa habilidade do ser humano, pois a todo o momento temos um imposto novo, uma legislação nova, um conceito que era desconhecido… entre outras pegadinhas que ficam nas entrelinhas e que nem na academia são ensinadas. Confesso que, particularmente, embora seja muito desafiador, essa é uma das coisas que me move a empreender: a imprevisibilidade, mas isso é assunto para outra newsletter.
Fora o cenário brasileiro, que compõe os fatores externos que são incontroláveis, temos também os fatores internos: sócios, colaboradores, clientes, infraestrutura, entre outros fatores.
Minha experiência
Seja no cenário externo ou interno, gostaria de compartilhar uma experiência muito desafiadora que já tive e que em breve será contada num vídeo no meu Instagram pela minha própria pessoa. O ano era 2019, parecia tudo muito bom, o cenário político parecia ser promissor, tinha acabado de comprar um carro muito bom e zerado, passei o ano novo em NY e fiz uma coast-to-coast até LA… phew! Que ano! Assim, decidi alavancar a empresa, pois o cenário parecia muito favorável, além do mais eu tinha 2 B2Bs muito estáveis: um com 3 anos já e NPS 9,5, e o outro já tinha 7 meses com NPS lá em cima também. O time estava muito certinho, rodando bem, turnover baixo, tudo muito alinhado. Logo, alavanquei. Quando estava há 1 mês do início da alavancagem, veio o e-mail de ambas empresas me pedindo para faturar uma última vez, pois devido à uma troca na liderança e na política, não continuariam com o contrato. OMG! Minha cabeça foi a mil na hora, mas como resolver o problema?
Como passei por isso?
Há várias técnicas, tais como, mindfulness, atividade física, sauna, banheira de gelo, isso tudo ajuda, mas também gosto de juntar a todo esse combo uma referência bíblica que se encontra em Provérbios 11:14, na Bíblia, que diz que na multidão de conselhos há sabedoria, assim, sempre pergunto a pessoas mais experientes, vou a livros e consumo conteúdo que me agreguem a um bom ROI. Depois de muita digestão de informação e a leitura de um livro do Flávio Augusto chamado Ponto de Inflexão, resolvi convocar 100% da equipe, dar um treinamento de vendas a todos e transformar cada colaborador em um consultor de vendas, pois onde quer que eles estivessem, eles deveriam criar relacionamento para venda. Embora muitas pessoas não tivessem aptidão, com a questão cultural ajudando, aceitaram o desafio. Resultado: em 3 meses revertemos o gap das perdas e voltamos aos bons tempos. Mas por que eu estou te contanto essa história?
Porque se eu tivesse abaixado a cabeça, ficado me lamentando e procurando um culpado para tal, eu teria quebrado. Parafraseando Rocky Balboa, não é quão forte você bate, mas quanto você apanha e continua se movendo à frente. Minha resiliência foi testada a um alto nível nessa situação e também em outras que possa contar mais adiante. Creio que você tenha percebido alguns elementos fundamentais para eu não ruir em meio à desgraça e gostaria de desafiar você a também ter esse tipo de atitude junto à ações práticas e técnicas para aumentar a sua resiliência e não deixar a peteca cair mesmo em situações muito adversas que é uma questão de quando, não se você vai enfrentar. Você consegue me ajudar e também ajudar a comunidade citando uma situação complexa por qual você passou e teve que dar a volta por cima também? Conta aí! Vamos compartilhar resiliência, seja altruísta!
“Não é o quão forte você bate, mas quanto você apanha e continua se movendo à frente.” Rocky Balboa