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O que não te contaram sobre o mundo do tênis, mas pode servir para o seu posicionamento no mercado.

Ontem chegou ao fim o último Grand Slam do ano: US Open. O evento acontece sempre em Nova York e tem como característica fechar as longitudes que começam lá na Austrália, passar pela França, Inglaterra, atravessa o Atlântico e desembarca nos EUA. Realmente, uma volta ao mundo que começa na quadra dura, passa pelo saibro, grama e fecha na quadra dura de novo. Obviamente que você deve imaginar que esse evento movimenta uma boa grana. Os vencedores, por exemplo levam U$3,6mi para casa e entre os patrocinadores há: Rolex, American Express, Emirates, Chase, JP Morgan, Cadillac, Polo, IHG, entre outros.

Todos sabemos que, assim como, o golfe e a Fórmula 1, o Rolex está presente como patrocinadora no tênis, mas o que isso representa? Você pode conferir nesse post que fala sobre o posicionamento da marca nesses eventos. Rolex trabalha com luxo, mercado extremamente nichado no qual seus principais clientes estão nesses eventos. A propósito, uma raquete amadora de boa qualidade custa, em média, R$1800.

No entanto, o que eu quero chamar a sua atenção nesse post é que algumas marcas que não necessariamente patrocinam o evento, estão de olho na nova geração de tenistas. Mesma estratégia que a Nike teve para com Michael Jordan, algumas marcas de luxo estão tendo para com eles:

  • A americana Coco Gauff, vencedora do US Open ano passado, é patrocinada por New Balance, American Eagle e Ray Ban;
  • O espanhol Carlos Alcaraz, vencedor de Roland Garros 2024 e Wimbledon 2024, é patrocinado pela LVMH e Calvin Klein;
  • O italiano, atual número 1 do mundo, vencedor do Australian Open 2024 e do US Open ontem, Jannik Sinner, pela Rolex e Gucci.

Há uma projeção para que o mercado de patrocínio esportivo cresça de U$63bi, em 2021, para U$109bi, em 2030. E é nessa projeção que essas marcas estão olhando, pois segundo a Chief Brand Officer da Lacoste, Catherine Spindler, “O tênis sempre esteve associado à elegância, inclusive no que diz respeito à indumentária.” em entrevista à Vogue dia 25/04/2024. Lacoste que patrocina Djokovic, Medvedev e Serena Williams. Um outro exemplo interessante é a marca ON que tem Roger Federer como um dos sócios e atua também no segmento de alta renda no que diz respeito a artigos esportivos. No masculino, apostou as suas fichas no jovem americano Ben Shelton. Assim como as outras marcas, é um risco, pois nenhum desses tenistas ainda é consolidado, mas são bem mais baratos e contempla o que conhecemos como risco que é inerente a qualquer negócio.

What about you?

E você pode estar se perguntando o que isso tem a ver com você uma vez que você não trabalha no mercado de luxo, certo? A resposta é tudo! Why?

Porque fazer aquele post tipo publicidade raiz nas redes sociais não traz engajamento, não vende e é coisa da outra década. Estamos na economia da atenção onde o poder de influência de uma pessoa sobre você é o que vai ditar se você compra ou não compra determinado item ou serviço. Por essas e outras que o mercado de influenciadores digitais está tão em alta. Veja que influenciador digital é diferente de blogueiro. Blogueiro tem blog, influenciador digital não. Ele apenas trabalha nas redes influenciando a vida das pessoas ou vai a eventos com o mesmo intuito. Muitos empresários e executivos tem dificuldade em ver valor nessa estratégia e acabam derramando rios de dinheiro em agências de marketing, posts esteticamente lindos e tráfego pago, mas que na verdade não convertem em venda que é o que você provavelmente quer.

Digging Deeper

E agora nessa última parte do post eu te levarei a um mergulho mais profundo. A última etapa desse entendimento é que o algoritmo não tem ajudado nem o influenciador que faz um contrato com uma empresa para as publicidades mais. OMG, why? Porque a forma com a qual se faz esse tipo de approach ficou, de certa forma, comoditada e os influenciadores fazem o que foi combinado, recebem o pagamento e bye-bye. Portanto, surgiu o que chamamos de marketing for equity que é quando o influenciador receber um percentual da empresa para ser sócio da mesma impulsionar essa parte de divulgação da empresa. Por que isso tende a trazer mais resultado? Pelo fato de o influenciador ter skin in the game e ter que se comprometer integralmente com os resultados da empresa, pois caso ele não performe, a empresa não performa, logo, ele não receberá os dividendos da mesma. Assim, com esse comprometimento há uma longevidade na relação e resultados mais robustos. Óbvio que vai muito do Board ou da mentalidade do empresário para realizar essa estratégia, pois aqui envolve muito sentimentalismo, maturidade e visão. No entanto, tenho certeza que o resultado não será o mesmo de um mero contrato de publicidade. Você acha que conseguiria realizar isso?

“Minha definição de sabedoria é conhecer as consequências de longo prazo de suas ações.” Naval Ravikant

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